Os desfiles das Escolas de Sambas de Carnaval de São Paulo se aproximam e o Carnaval Interativo preparou mais do que um #tbt especial. Hora de relembrar as agremiações campeãs da década.

2010 – Rosas de Ouro
Enredo:
“Cacau: um grão precioso que virou chocolate, e sem dúvida, se transformou no melhor presente!”
Carnavalesco: Jorge Freitas

Com uma diferença de apenas 0,25 pontos, da Mocidade Alegre, a Rosas de Ouro conquistou o título de campeã do carnaval 2010. A agremiação obteve 270 pontos. O último título havia sido conquistado em 1994.

Levando para avenida o enredo “Cacau: um grão precioso que virou chocolate, e sem dúvida, se transformou no melhor presente!”, o desfile contou com a distribuição de bombons e essência de chocolate lançada ao ar. A escola animou a torcida nas arquibancadas.

2011 – Vai-Vai
Enredo:
“A música venceu”
Carnavalesco: Alexandre Louzada

Em 2011, a Escola de Samba Vai-Vai conquistou o seu tetracampeonato, com seu 14º título do carnaval de São Paulo. A agremiação do bairro do Bixiga, terminou a apuração isolada na liderança com 269,50 pontos.

Com o enredo “A Música Venceu”, a escola levou à avenida a história de superação do ex-pianista João Carlos Martins, que virou maestro após perder o movimento das mãos.

A comissão de frente trouxe uma síntese da vida do maestro. Entre os 16 componentes da comissão estavam representados a música, a política, as mulheres e o futebol, uma das paixões de Martins, que torce para a Portuguesa.

2012 – Mocidade Alegre
Enredo:
“Ojuobá – No Céu, os Olhos do Rei… Na Terra, a Morada dos Milagres… No Coração, Um Obá Muito Amado!”
Carnavalesco: Márcio Gonçalves e Sidnei França

Em 2012, a Mocidade Alegre foi eleita a vencedora do Carnaval Paulistano. O anúncio do título foi feito após a confusão que marcou e ofuscou o final da apuração.

Foi o oitavo título da escola do Limão, com gosto de superação. Aliás, no dia 9 de janeiro daquele ano, a agremiação foi atingida por um incêndio no barracão, tendo que correr para reconstruir alguns carros a tempo.

Com 3500 componentes e 25 alas, a Mocidade comemorou o centenário do escritor Jorge Amado, homenageando o candomblé, a capoeira e as festas populares que integram o universo do livro “Tenda dos Milagres”, romance publicado em 1969.

2013 – Mocidade Alegre
Enredo:
“A Sedução me fez provar, me entregar a tentação…Da Versão Original, qual será o final?”
Carnavalesco: Márcio Gonçalves e Sidnei França

A agremiação conquistou o bicampeonato com o enredo “A sedução me fez provar, me entregar à tentação… da versão original, qual será o final?”. A disputa pelo título foi apertada até o último quesito, enredo. A Mocidade estava apenas um décimo de ponto atrás da Rosas de Ouro, que até então liderava nas notas dos jurados.

Mas, no critério final, a agremiação sediada no Bairro do Limão levou a melhor e alcançou o bicampeonato, mesmo ficando empatada em 268,9 com a Rosas. A Mocidade teve a nota máxima em enredo, e a Rosas perdeu um décimo de ponto. Por um sorteio realizado no sábado, esse era o critério de desempate mais importante.

2014 – Mocidade Alegre
Enredo:
“Andar Com Fé Eu Vou…Que a Fé Não Costuma Falhar”
Carnavalesco: Márcio Gonçalves e Sidnei França

A escola de samba Mocidade Alegre é a campeã do Carnaval de São Paulo em 2014. A agremiação da presidente Solange Bichara venceu com 269,7 pontos, ficando somente 0,3 pontos à frente da segunda colocada, a Rosas de Ouro, que somou 269,4 pontos. A disputa foi acirrada, mas quem levou o troféu para a quadra e comemorou ao lado da comunidade foi a escola do bairro do Limão, na zona Norte.

Assinado pelos carnavalescos Sidnei França e Márcio Gonçalves, o desfile encantou o público ao falar sobre as diferentes maneiras de vivenciar a fé. Mergulhando na religiosidade de várias partes do mundo, a escola vestiu várias de suas alas com elementos de religiões como o judaísmo, o candomblé, o islamismo, o espiritismo e crenças indígenas como a pajelança cabocla, as benzedeiras e os curandeiros. A superstição também foi levada à avenida, com componentes fantasiados de gato preto, horóscopo e numerologia.

2015 – Vai-Vai
Enredo:
“Simplesmente Elis – A Fábula de Uma Voz na Transversal do Tempo”
Carnavalesco: Alexandre Louzada, Eduardo Caetano e André Marins

A Vai-Vai conquistou o público paulista e o título do Carnaval 2015 com o enredo dedicado à cantora Elis Regina, que naquele ano completaria 70 anos. A escola emocionou com o enredo “Simplesmente Elis – a fábula de uma voz na transversal do tempo”, que continha trecho de um grande sucesso da cantora gaúcha, Maria, Maria (de Milton Nascimento).

Os três filhos da cantora, Maria Rita, João Marcelo Bôscoli e Pedro Mariano marcaram presença na avenida e se emocionaram com a homenagem.

Elis tinha uma forte relação com o Bexiga, bairro que abriga a escola de Samba Vai-Vai. Na década de 70, gravou sambas do compositor que se tornou símbolo maior do bairro, Adoniran Barbosa. Saudosa Maloca e Tiro ao Álvaro se tornaram grandes sucessos.

2016 – Império de Casa Verde
Enredo:
“Império dos Mistérios”
Carnavalesco: Jorge Freitas

A escola venceu falando sobre os mistérios da humanidade, mas antes da festa, as torcidas viveram momentos tensos na apuração.

A Império de Casa Verde é uma das escolas mais novas do Carnaval paulistano, nasceu em 1994, e já havia ganhado dois títulos, em 2005 e 2006. Em 2016 trouxe para comandar o desfile o carnavalesco Jorge Freitas, que já acumulava três vice-campeonatos com a Rosas de Ouro e logo na estreia, levou a escola ao título.

A Império contou na avenida os mistérios que nos intrigam até hoje, como o mundo foi criado, a vida fora da Terra, o que acontece depois da morte. A escola trouxe carros gigantescos e figurinos luxuosos e terminou o samba com uma quase premonição: “Chegou, do espaço sideral, uma nação guerreira, a grande estrela deste Carnaval”.

2017 – Acadêmicos do Tatuapé
Enredo:
“Mãe África conta a sua história: do berço sagrado da humanidade à abençoada terra do grande Zimbábue”
Carnavalesco:
Flávio Campello

Depois do vice em 2016, a escola da Zona Leste levou seu primeiro título com uma homenagem à Mãe África. O campeonato veio no critério de desempate: a escola ficou com a mesma pontuação da Dragões da Real (269,7 pontos), mas teve melhor desempenho no quesito samba-enredo.

2018 – Acadêmicos do Tatuapé
Enredo:
“Maranhão: os tambores vão ecoar na Terra da Encantaria”
Carnavalesco: Wagner Santos

A escola de samba Acadêmicos do Tatuapé sagrou-se bicampeã do Carnaval paulistano em 2018. Em seu desfile, a agremiação da zona leste, levou carros colossais e fantasias ricas em detalhes para a avenida. No fim do desfile, já era apontada como forte candidata ao bicampeonato.

A bicampeã não recebeu patrocínio e apostou no reaproveitamento de penas, pedras e outros materiais para poupar cerca de R$ 800 mil. Com alas compactas e fantasias exuberantes, a Acadêmicos do Tatuapé fez um desfile técnico que também conseguiu empolgar o público com paradinhas da bateria e uma batida reggae, estilo musical que nasceu na Jamaica e é muito ouvido pelos maranhenses.

O investimento em grandes alegorias apareceu no abre-alas da escola, formado por três carros que ressaltaram as belezas naturais do Estado do Nordeste e a influência dos franceses, que fundaram a capital São Luís no século XVII.

2019 – Mancha Verde
Enredo:
“Oxalá, salve a princesa! A saga de uma guerreira negra”
Carnavalesco: Jorge Freitas

Pela primeira vez, a Mancha Verde foi a escola de samba campeã do grupo especial do Carnaval de São Paulo. Com o enredo Oxalá, salve a princesa! A saga de uma guerreira negra, a Mancha Verde homenageou a figura de Aqualtune, princesa congolesa e avó de Zumbi dos Palmares que foi escravizada no Brasil e lutou pelos direitos da população negra na época.

(Foto Capa: G1)




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