Em 2017 institui-se a Lei nº 11.653/07, em homenagem à Mãe Gilda de Ogum, (Gildásia dos Santos) Iyalorixá fundadora do Axé Abassá de Ogum, em Itapuã, na Bahia, vítima de intolerância religiosa no fim de 1999, dando início a celebração em 21 de janeiro ao Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.

Mãe Gilda – como era conhecida – teve o seu templo invadido, depredado e o marido agredido por fundamentalistas religiosos. Não superando trauma pós ataques, veio a falecer em janeiro do ano seguinte após um infarto.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Flávio Magalhães, filho do terreiro, conta que membros da Assembleia de Deus atacaram verbalmente e fisicamente, jogando a bíblia sagrada sob sua cabeça, dizendo que iriam exorcizá-la.

Ainda que o preconceito e a intolerância sejam considerados crimes no país, as ocorrências aumentaram de forma substancial nos últimos anos. Em relação às religiões de matrizes africanas, os números são ainda maiores. Segundo dados do Disque 100, canal do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos que concentra denúncias de discriminação e violação de direitos, foram feitas 213 notificações de intolerância religiosa a matrizes africanas, de janeiro a novembro de 2018.

O número é 47% maior do que o registrado em todo o ano de 2017, quando foram recebidas 145 denúncias. Se em 2014 elas correspondiam a 15% do total de denúncias, em 2018 representavam 59% do número total de reclamações.

Para além de celebração, o dia 21 de janeiro representa um marco na luta em respeito a diversidade religiosa. O Carnaval, enquanto festa popular, se apresenta também pela sua origem em antigas celebrações de caráter religioso. Durante quatro dias de folia, há uma explosão de alegria contagiando o país. Hoje, o Carnaval Interativo relembra desfiles marcantes que passearam pelas diferentes crenças e religiões que cercam o Brasil.

Vai Vai 2017 – “No Xirê do Anhembi, a Oxum mais bonita surgiu… Menininha, mãe da Bahia, Ialorixá do Brasil”. 

Celebrando os 30 anos da morte de Mãe Menininha do Gantois, a escola fez uma homenagem à eterna Iyalorixá do terreiro Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê. Nascida em 1894, Mãe Menininha morreu em 1986, com 92 anos. Quase uma década de muito axé. Jogos de búzios, vestes brancas, velas acesas, pontos cantados. A maior referência do candomblé no Brasil ganhou destaque no Anhembi. Mais do que mãe de santo, Maria Escolástica da Conceição Nazaré era mãe do povo.

Mocidade Independente de Padre Miguel 1974 – A Festa do Divino

Tuiuti 2001 – “Um mouro no quilombo. Isto a história registra!”

Estreante no Grupo Especial em 2001, a Tuiuti contou a história de um mouro náufrago, salvo por um judeu que veio parar no Brasil, no Quilombo dos Palmares.

Unidos de Vila Maria 2017 – “Aparecida – a rainha do Brasil. 300 anos de amor e fé no coração do povo brasileiro”

Mangueira 2003 – “Os dez mandamentos: o samba da paz canta a saga da liberdade”

(Texto: Caroline Ferreira)

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