Formalização de pequenos negócios ligados ao carnaval cresceu em 321% nos últimos sete anos

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Muitos empreendedores começaram a enxergar no carnaval uma oportunidade para fazer negócios. Em sintonia com o cenário do país que, apesar da crise econômica, os negócios relacionados às festas populares, em especial o carnaval, registrou nos últimos sete anos (2011 a 2018) um aumento de 312% do número de microempreendedores individuais (MEI), nos principais palcos da festa: Recife, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.

Serviços como atividades de tratamento de beleza, serviços ambulantes de alimentação e confecção de peças do vestuário (exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida), se destacaram em 2018 totalizando, respectivamente, 28.698, 25.586 e 14.839 MEIs nas quatro capitais.

De acordo com Maíra Fontenele Santana, analista do Sebrae Nacional, a folia é um período muito esperado e tem um forte apelo econômico. Assim, é fundamental que o empreendedor esteja atento para lucrar com a data e fazer com que o momento da compra seja uma experiência positiva.

“Cada território poderá ter mais ou menos impacto a partir do investimento realizado na data, mas o retorno é certo. Em pesquisas realizadas em algumas cidades, festas como a virada do ano, natal e carnaval podem gerar cinco vezes o retorno investido.”

A Importância do Carnaval na Economia Criativa

O carnaval constitui como uma das mais conhecidas expressões culturais do país e pode ser visto como pilar da síntese da economia criativa. A cada ano, personagens ou temas que se destacaram de alguma forma nos cenários político, econômico e cultural aparecerão sempre de forma estilizada, revelando a ousadia e o bom-humor nos dias de folia. Tendo em vista que nas suas diversas formas de manifestação, seja nas ruas através dos blocos ou nos Sambódromos espalhados pelos país expõe a inteligência e a criatividade do brasileiro para o mundo inteiro.

E por se expressar de diversas formas, o carnaval favorece a diversidade cultural e a inclusão social, dois norteadores da economia criativa. Na música, por exemplo, desempenham o papel fundamental para compositores, intérpretes, mestres de bateria, ritmistas e por que não, os próprios espectadores, que consomem ou baixam pela internet, os sambas-enredo, as letras e os clipes, valorizando a nossa cultura. Como também, o trabalho dos carnavalescos, estilistas, artesãos, costureiros, maquiadores e passistas. Na retaguarda, nem sempre percebidos, mas também com papel relevante na preparação e execução dos serviços, estão os profissionais de comunicação e uma enorme gama de colaboradores da cadeia turística, envolvendo os setores de transporte, hospedagem, alimentação e entretenimento.

Ao contrário do que se pensa, quem faz carnaval, normalmente, tem que trabalhar muito tempo para desfilar seus projetos por minutos e merecia sim, ser olhada com carinho e valorizada pelo povo brasileiro. Por mais que os desinformados pensem que não, é levado muito à sério e é um fator econômico e social que faz parte da cultura de uma cidade para fazer com que as pessoas se divirtam e tenha conhecimento através dos momentos de lazer.

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