O Unidos do Porto da Pedra, quarta escola a desfilar na madrugada desse domingo, 3, levou para a Sapucaí uma bela homenagem a um grande ídolo com o enredo “Antônio Pitanga, um negro em movimento” do carnavalesco Jaime Cezário, em comemoração aos 80 anos de vida e 60 de carreira. O homenageado veio na última alegoria e comoveu a avenida.
Cogitada como uma das favoritas da noite, a escola do tigre de São Gonçalo começou bem, porém devido a algumas falhas nas grandiosas alegorias e fantasias, as mesmas não estavam esteticamente perfeitas, tinham alguns problemas de acabamento. A evolução também foi prejudicada, pois devido a alguns problemas em suas alegorias, formaram-se buracos na avenida.
Apesar dos problemas enfrentados, a agremiação acertou em vários pontos no desfile. Como na comissão de frente do coreógrafo Marcio Moura, que representou “Rito tribal de aclamação”. Nela eles trouxeram o ritual de dança tribal, e o menino Antônio Sampaio, ancestral de Antônio Pitanga, que acompanhava a figura do Rei de Daomé.
Outro acerto foi o do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Rodrigo França e Cintya Santos que vieram de “Reino ancestral de Daomé”. Os dois executaram uma bela dança durante toda sua passagem pela Marquês, sendo muito aplaudidos pelo público.
O ícone, nos desfiles da Porto da Pedra, mestre Pablo realizou um excelente trabalho no comando da bateria da vermelho e branco de São Gonçalo. Como sempre com suas fantasias irreverentes, dessa vez, Pablo resolveu representar a esposa do homenageado, a ex-governadora Benedita da Silva.