A Cubango iniciou o seu desfile às 3h25min da manhã do dia 3 de março, com o enredo “Igbá Cubango – a alma das coisas e a arte dos milagres”, desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. A Verde e Branco de Niterói finalizou os desfiles da Série A como uma das grandes favoritas, fazendo a comunidade sonhar em ser campeã.
A Comissão de Frente, comandada pelo coreógrafo Sérgio Lobato, veio representando “Pedaços de sonho “. Os quinze componentes, todos homens, eram os devotos de São Lázaro, que estava representado em uma imagem em um andor carregado pelos integrantes. Nessa romaria sincrética, “os peregrinos” carregaram “pedaços de sonho”. A apresentação, com bastante expressão, realizava movimentos com muita dança e sincronismo, destacando o boneco que era montado pelos integrantes da Comissão em suas apresentações.
O casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Diego Falcão e Patrícia Cunha, veio representando ” A alma de um pavilhão”, com uma fantasia bem luxuosa e com cores que dão as características a escola. O casal realizou sua apresentação com bastante satisfação, entrosamento e alegria, destacando-se as coreografias bem executadas, apesar da pista estar muito molhada, o que não atrapalhou a evolução do casal, que finalizou sua apresentação com garra.
O conjunto de alegorias e adereços estava bem caprichado, com acabamento e com clareza em cada informação dos seus carros muito ricos. Um dos destaques era o Abre Alas, que trouxe a escultura de Babalotim, que relembrara o enredo de 1979, “Afoxé”.
Uma das alegorias que representava a “Salas de Milagres “, com imagens e memórias, apresentou problemas com a iluminação, e a agremiação poderá perder décimos preciosos.
Suas fantasias estavam de fácil leitura e com boas oportunidades para os componentes. No primeiro setor, o destaque foi a ala das Baianas representando “Igbá Ori”, no segundo setor “Carrancas”, “Balangandãs”. No terceiro, a ala “Festa da Penha” era uma das que tinha mais fácil assimilação. Já o último setor, veio com fantasias mais divertidas, com tons críticos como “Vassouras de varrer o diabo” e “Piratas da fé e garrafinhas d’água”. Os componentes evoluíram e cantaram muito bem, o que também foi um dos pontos fortes da escola, que estava alinhada com o carro de som, comandado pelo intérprete Thiago de Brito.
A bateria do Mestre Demétrius, “Ritmo Fogado, foi um dos grandes destaques da noite, destacando-se a sua Rainha, Maryanne Hipólito. Com uma ousada paradinha no refrão central, a bateria, que representava o Círio de Nazaré, levantou a Sapucaí em cada módulo que se apresentou, encantando o público presente com seu samba no pé.
Cubango finalizou o seu desfile com 54 minutos e é, certamente, uma das favoritas do público.
