O Carnaval acabou, e todas as escolas de samba vão procurar corrigir os seus erros para alcançar a nota máxima no próximo ano. Com as avaliações dadas pelos jurados e divulgadas na Quarta-feira de Cinzas, as diretorias começam a se mexer pra modificar ou pelo menos apurar o desenvolvimento de cada quesito afetado no desfile que passou.

Para os donos das notas 40, e atualmente 50 – de acordo com o regulamento da Liesa, ganham os elogios até a próxima festa. Para os que foram penalizados, a corneta soa em tom de crítica, muitas vezes feroz e injusta.

De olho nas notas dos jurados da Liga Independente das Escolas de Samba, que é quem rege o Grupo Especial, o Carnaval Interativo quis saber quem está melhor em cada um dos quesitos nos últimos cinco anos, de 2016 a 2020. E nesta sexta-feira, dia 06, continuamos a série de desempenho das notas das agremiações, desta vez será no quesito Comissão de Frente, que ano após ano causa impactos sensoriais no público através de elementos surpresa na hora de apresentar a escola e o enredo na Passarela.

O Salgueiro e a Grande Rio foram as escolas que mais pontuaram nos últimos 5 anos, ambas com 209,2. Porém, por critério de desempate, a vermelho e branco assume a liderança do ranking por manter uma regularidade nos somatórios das notas. No placar geral, a escola conquistou durante a temporada 14 notas 10, 6 notas 9,9 e 1 nota 9,8 e gabaritou o quesito com a coreografia para o enredo “A Ópera Dos Malandros”, assinada por Hélio e Beth Benjani.

A Grande Rio assume a vice-liderança do ranking com 15 notas 10; 4 notas 9,9; e 2 notas 9,8 no placar geral. A tricolor de Caxias ganhou notas máximas de todos os jurados nos desfiles “Fui no Itororó beber água, não achei. Mas achei a bela Santos, e por ela me apaixonei” e “Tatalondirá: O Canto do Caboclo No Quilombo de Caxias”, coreografias assinadas por Priscilla Mota e Rodrigo Neri (em 2016) e Hélio e Beth Benjani (em 2020), respectivamente. Os descontos nas notas 2017, 2018 e 2019 foram determinantes para que a escola perdesse a liderança no ranking, mas não a certeza de que o quesito segue como ponto alto da agremiação caxiense na briga pelo primeiro campeonato.

Com 0,2 décimos de diferença entre as primeiras colocadas, Mocidade é a terceira escola que mais pontuou no item Comissão de Frente. Apesar dos descontos importantes sofridos nos últimos anos, a escola tem boas notas no geral com 13 notas 10; 6 notas 9,9; e 2 notas 9,8 na trajetória da verde e branco. As coreografias de 2017, 2018 e 2020, todas assinadas por Jorge Teixeira e Saulo Finelon, foram determinantes para que a Estrela Guia figurasse no topo da tabela, principalmente a “Namastê… A Estrela Que Habita em Mim Saúda a Que Existe em Você”, que ganhou nota máxima de todos os julgadores.

Em quarto lugar, vem a Beija-Flor, que, apesar de ter conquistado boas notas no quesito nos últimos anos, em 2019 teve a sua pior avaliação, e não cravando uma nota 10 na Avenida. A escola está a 0,2 décimos atrás da Mocidade, acumulou no item 13 notas 10; 3 notas 9,9; 3 notas 9,8; e uma nota 9,7, mesmo assim, mantém uma regularidade linear nos resultados do trabalho apresentado pelo coreógrafo Marcelo Misailidis.

Com 0,3 décimos atrás da Beija-Flor, a Mangueira vem na quinta posição no ranking. A agremiação fez 3 trocas de coreógrafos no período de 5 anos, tendo a assinatura de grandes nomes da dança, como Junior Scapin (em 2016 e 2017), Adriana Salomão e Steven Harper (em 2018) e Priscilla Mota e Rodrigo Negri (em 2019 e 2020). Com uma média oscilante, a escola acumulou 8 notas 10; 9 notas 9,9; e 3 notas 9,8 , fez grandiosas apresentações em 2016 e 2017, e voltou às pazes com as notas máximas de todos os jurados com a apresentação em “Histórias Para Ninar Gente Grande”. A dança em “Com Dinheiro Ou Sem Dinheiro, Eu Brinco” foi o pior momento da verde e rosa pois não alcançou uma nota 10 dos jurados.

Portela, Vila Isabel, Unidos da Tijuca, São Clemente e União da Ilha completam o G-10 das escolas que se mantêm no Especial há pelo menos cinco anos, fecham o ranking.

Paraíso do Tuiuti, Imperatriz, Império Serrano e Viradouro não são inspecionadas no ranking, porque não estiveram em todas as edições do Grupo Especial nas últimas cinco temporadas.


 

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