Fechando a segunda noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval Paulistano 2020, a Sociedade Rosas de Ouro traz para o Sambódromo do Anhembi o enredo batizado de “Tempos Modernos”, com a promessa de muita tecnologia, realidade aumentada, entre outras inovações.

“Tempos Modernos” é o enredo da Rosas de Ouro para 2020.

Ao lado de instituições de ensino de ponta como é o caso da USP (Universidade de São Paulo), a agremiação terá a oportunidade de explanar sobre o maior desafio da humanidade, dentro da maior festa popular a céu aberto do planeta, como comenta o carnavalesco André Machado, em entrevista ao Carnaval Interativo. “O enredo surgiu no intervalo entre a apuração de 2019 e o desfile das campeãs. A Mercedes Bens, parceira da escola há quase 10 anos, nos procurou para falar sobre uma proposta de enredo. Alguns dias após a apuração, fomos para a reunião com alguns estudiosos da área, onde nos apresentaram a tecnologia 4.0”, explica.

O carnavalesco assim propôs inventar a narrativa de um ‘robozinho’ que leva o nome de ROXP4, dotado de inteligência artificial que é dado para um criança, na intenção de fazê-la companhia, acontece que a criança o deixa de lado e ele passa a se questionar o motivo de ser deixado para trás, de lado, encontrando assim ‘Tempos Modernos’. “Esse é o título do nosso enredo e aí a gente faz uma viagem nas revoluções industriais até chegar a quarta revolução, mostrando o quanto essa tecnologia vai influenciar no futuro”.

André Machado detalha desfile 2020 da Rosas de Ouro

Lúdico, histórico e questionador

É desta forma que o enredo vem ser defendido. Lúdico por contar a história de um robô, a parte histórica fica por conta das revoluções industriais em ordem cronológica e questionador, por se indagar a forma como o futuro se apresentará, o que será do Brasil, um país com milhões de desempregados. “Se a gente não se atentar ao que vem por aí, o futuro não será agradável. Se a gente não se atualizar é bem provável que as diferenças aumentem. Buscamos a emoção no limite, principalmente na parte final, falando que apesar de todo o avanço tecnológico, o homem vai ser sempre a máquina mais perfeita, ela está ali para servi-lo e nunca o contrário. O homem não pode ser escravo da máquina, o homem é a única máquina que tem emoção (…) A gente pretende fechar o carnaval com chave de ouro”, defende.

Do abre alas à dispersão, o que não falta é tecnologia. Para este carnaval de 2020 foram feitos dois projetos. O físico, sob a responsabilidade de André e o digital, com o apoio de grandes instituições de ensino. “As universidades de ponta estão para nos ajudar na parte digital. Há algumas experiências que vão acontecer no decorrer até o dia do desfile, uma delas é o uso de pulseiras que vão medir o batimento cardíaco das pessoas desde o momento em que pisarem na faixa amarela da concentração até a dispersão, essa é uma forma de calcular e ter maior controle. Além disso, o aplicativo com leitura do QR code, onde os foliões terão acesso às informações de determinadas alas e setor, facilitando o entendimento “.

Para os leitores do Carnaval Interativo, André garante que a Rosas de Ouro vem para mostrar tudo o que tem de inovação tecnológica para ser aproveitada em prol do espetáculo. “É um espetáculo que a cada ano tem crescido aqui em São Paulo, mas há muita gente que se afastou do carnaval e estão conectadas na internet, no celular, nessas novas tecnologias e mesmo que assistam o desfile pela TV, não há como saber exatamente tudo o que nos propusemos a fazer, essa é uma maneira nova de assistir ao espetáculo. Fiquem ligados que a Rosas vem fechar o carnaval 2020 de uma forma bem nova”, finaliza.

(Texto: Caroline Ferreira / Imagem: Arquivo Pessoal)


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