Os dois candidatos que disputam a Prefeitura do Rio, Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos), participaram nesta sexta-feira, dia 27, de debate na TV Globo.

O último encontro foi mediado pela jornalista e apresentadora Ana Paulo Araújo e ficou marcado por trocas de ataques e muitas acusações. Entre tiradas irônicas, ambos pediram – e receberam – diversos direitos de respostas.

O carnaval foi assunto no primeiro bloco. Em uma pergunta ao candidato Eduardo Paes, Crivella questionou se o oponente, caso seja eleito, teria coragem de retirar verba pública para voltar a apoiar um evento privado organizado pela Liesa, tendo em vista que, o atual prefeito cortou a subvenção dada às escolas de samba do Grupo Especial e da Série A para investir na reforma do Sambódromo. Em resposta, ele disse que irá ajudar as agremiações, ao contrário do que fez a gestão Marcelo Crivella. Mas Paes não afirmou que irá destinar R$ 2 milhões a cada uma das 12 agremiações do grupo de elite da festa, como fez no passado. O ex-prefeito não mencionou cifras, e ainda disse que a subvenção de R$ 2 milhões por escola foi concedida “excepcionalmente” em 2016, porque as agremiações, à época, haviam perdido em cima da hora os patrocínios já acordados com o governo do estado e com a Petrobras.

Em sua resposta, Paes rebateu a questão de Crivella ser contra o carnaval buscando colocar a população contra a manifestação cultural da cidade. O candidato relembrou a retirada da verba destinada à festa para ser transferida para à educação, caso este que não pode ser realizado, já que cada pasta tem seu orçamento. Por fim, afirmou que vai ajudar às escolas de samba do Grupo Especial, do Acesso e as Mirins naquilo que for possível. “O que não vamos ficar fazendo é maltratando manifestação cultural da nossa cidade, seja ela de que origem for. Principalmente o carnaval que é uma manifestação cultural tão importante e que revela a identidade da nossa cidade, e eu sei que isso incomoda a ele.”, disse Eduardo que, em sua gestão estava sempre presente nos desfiles das escolas de samba. Já ao contrário de Crivella que, fazia questão de não participar dos eventos carnavalescos devido a sua ideologia religiosa, porém pediu apoio às agremiações para sua campanha anterior, como é relembrado pelos sambistas o fatídico comício do “Pega no Ganzê, Pega no Ganzá” em que todos os presidentes das escolas de samba do Grupo Especial e o presidente da Liesa, Jorge Castanheira cantaram o refrão do Samba-Enredo do Acadêmicos do Salgueiro de 1971(Festa Para Um Rei Negro).

Um dos momentos mais bélicos ficou por conta da acusação do atual prefeito em menção depreciativa a uma entidade da Umbanda ao comentar os gastos da gestão de Eduardo Paes com os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. “O Eduardo dava R$ 70 milhões para o carnaval porque queria desfilar, ia lá com o chapeuzinho do Zé Pelintra. Saia na capa do jornal, queria autopromoção, por isso pegava dinheiro das pessoas para se promover.”, atacou o candidato à reeleição.

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