Dando continuidade às matérias especiais em homenagem ao Dia do Passista a ser comemorado no próximo domingo (19), hoje trouxemos duas histórias da terra da garoa. Belas que conquistaram espaços em suas agremiações.

A Era das famosas passistas e rainhas das escolas de samba surgiu junto com os desfiles e competições, ou seja, assim que as escolas foram criadas e passaram a desfilar pelas ruas de São Paulo e do Rio de Janeiro, os títulos ganharam força total. Essa era uma forma de contemplá-las. De fazer com que ganhassem destaque na hora do samba no pé.

De lá para cá, surgiram várias rainhas. A partir do ano 2000, passistas altas, bonitas e elegantes tiveram projeção. Em entrevista ao Carnaval Interativo, Ariellen Domiciano da escola de samba Nenê de Vila Matilde conta sua trajetória. “Iniciei na escola em 2013 ainda como Rainha do Carnaval de São Paulo. Em 2014 desfilei como Musa, no ano de 2015 tive a honra de ser coroada a Rainha da Bateria. São 6 anos de amor, carinho e dedicação a nossa querida Nenê de Vila Matilde”, comenta.

Foto: Felipe Araujo

A bela ainda se lembra dos primeiros passos na carreira. “Comecei aos 12 anos por influência da minha Avó, que foi baiana na Escola de Samba Mocidade Amazonense, no Guarujá, e aos 16 anos assumi pela primeira vez uma Bateria. São 15 anos de contribuição e amor ao samba”.

Foto: Marilia Heymer Pretola

Quando o assunto é orgulho, Ari – como é conhecida, não deixa passar em branco. “Foi a realização de um sonho de menina, sou feliz e agradecida por cada conquista até aqui, o troféu nota 10 realizado pelo Diário de São Paulo, foi o que mais me marcou, sendo o primeiro título nessa categoria para nossa escola e isso é muito gratificante”.

Quem também ganhou destaque foi Fernanda Catanoce, que começou aos oito anos de idade, no carnaval de São Bernardo do Campo. “Foram 10 anos no carnaval, em 2006 conquistei o título de Rainha do Carnaval de São Bernardo do Campo e após isso encerrei minha participação nas Escolas as quais fazia parte. O objetivo era ir em busca do meu maior sonho: estar no Rosas de Ouro. Infelizmente precisei postergar esta ideia por um tempo, pois precisava me dedicar a faculdade e ao trabalho. Em 2014, tomei a decisão de lutar pelo meu sonho. Fui até a escola e como já era final de ano, haviam poucas vagas para desfilar, mas consegui uma fantasia como composição de carro. Expliquei à eles sobre o meu desejo em participar da agremiação e contei sobre a história que tinha no carnaval. No mesmo ano se prontificaram a me apresentar ao coordenador da Ala de Passistas”, recorda-se.

Foto: Felipe Araujo

No mesmo ano em que a atual musa desfilou pela primeira vez pela Rosas de Ouro, foi convidada para fazer parte da ala das passistas. “No último ensaio do ano de 2014 me apresentaram ao Campitelli. Quando olhei aquela ala foi amor à primeira vista. Ele foi muito receptivo comigo e no mesmo dia me convidou para rodar a quadra junto à eles. Quando o ensaio acabou, veio o convite que jamais imaginaria: fazer parte dos Passistas Renovação. Participei do todos os trabalhos realizados com o grupo em 2015 e em 2016 foi o primeiro desfile como passista”, cita.

Foto: Ismael Rosário

Fernanda contou ainda como foi ter sido ser Rainha do Carnaval de São Paulo e Musa da Rosas de Ouro. “O maior título que conquistei, sem sombra de dúvidas, foi ter sido Rainha do Carnaval de São Paulo em 2017. Foi uma experiência maravilhosa. Foram 9 meses de trabalho árduo, confesso que não foi um caminho fácil. Tive apoio da minha comunidade, da Presidente Angelina Basílio e toda a Diretoria. Giseli Alves foi minha mentora em todo o processo. Sem sombra de dúvidas, foi um dos meus maiores sonhos já realizados. Ainda como mais uma conquista no mesmo ano, por decisão da Diretoria, desfilei à frente da Bateria com Identidade. Tudo que conquistei até hoje no Rosas de Ouro teve um grande significado para mim. Em 2018 tomei a decisão de me desligar da ala de Passistas e foi quando recebi o convite da Presidente para me tornar uma das Musas da escola, cargo o qual estou até hoje. Fazer parte de tudo isso, foi e ainda é mágico. As sensações são inexplicáveis e ainda quero ter muitas outras emoções para poder contar.”

(Texto: Gabriela Saça)

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